terça-feira, 29 de maio de 2012

8

Nacho pegava nas coxas de Ramona e enterrava o seu sexo dentro dela. Lá fora chovia e o rebuliço pela morte do pseudo-terrorista era mais forte que nunca. Tortosa nunca recebera a atenção dos media como nesta vez. Enquanto isso Ramona berrava de prazer, enquanto Nacho a fornicava com um ar absolutamente demoníaco.

- Sí, follame hijo de puta! Dame esa polla toda, aaaaaaaaaahhhhhhhh!!! - e arranhava-o com força
- Sí mi puta aaaaahhhh! Te gusta? Te gusta? Uuuuuuuuuuuuhhhhhhhh!!!!- e pegava-lhe nas nádegas

E no fim riam-se da tresloucada situação, da vontade de comer pelas vias normais e ganhar de novo excitação. Claro que a vizinhança não estava de todo agradada com aquele par de tarados, com um filho pequenito a sofrer as consequências de uma felicidade concretizada por uma foda sem o consentimento do rei. Assim de repente traduzia a coisa para inglês e muita coisa passava a fazer sentido.

F.U.C.K. mas essa era uma maneira estranha de ver o que se passava lá fora. A organização anti-islamita, às vezes anti-seja o que fosse que promovia a liberdade de movimentos a toda a gente e jamais permitiria que um qualquer convertido guardasse como cereja no topo do bolo, rebentar com as liberdades instituídas desde há tanto tempo.

Vestiram-se com pouca roupa e saíram para a rua para sentir o pulso à revolução.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

7

Em terras de Cristo forçado, Alá entrava em força através de um homem educado segundo os princípios ocidentais.


Sem que ninguém se tivesse dado conta, embrenhados que estavam numa crise absurda em que os homens do dinheiro inventavam motivos para destruir sonhos, uma mulher entrou em Tortosa, conduzindo uma mota de alta cilindrada que dava nas vistas quando acelerava a fundo. Porém era quando a estacionava que se podia apreciar uma sensualidade de brutais consequências para o bem-estar psicológico dos outros condutores, ons que desviavam o seu olhar para o corpo sabotador da concentração alheia.


Na mesquita, Pau dava instruções codificadas para a construção da maior bomba química alguma vez criada por qualquer humano. Lá fora, um ruído ensurdecedor parecia anunciar o fim do mundo. Poucos segundos passaram até que um vulto tomou forma atrás de Pau, apalpando-lhe o rabo e baixando-lhe as calças. Este, surpreendido com a situação, tentou reagir, chamando Alá para resolver a situação, mas sentiu as unhas afiadas de um animal feroz espetarem-se nas nádegas. Uivando de dor, deixou-se ir contra a parede, sem que pudesse esboçar qualquer tipo de reacção. Não havia excitação, não conseguia dominar aquele demónio que o possuía. E uma voz, revelou uma mulher, ou algo parecido e Pau, Mohamed ou o terrorista que o pariu, explodiu em bocados. Não era isso que ia acabar com a ambição desmedida pela gente estúpida e ávida de guerras.

Entretanto os planos da bomba química desapareceram.

sábado, 11 de dezembro de 2010

6

A semente fora lançada e não havia maneira de Nacho se separar de Ramona.

Nachito crescia a olhos vistos e sempre recebiam visitas de empresários, uns mais duvidosos que outros, mas com os quais o novo Nacho negociava duro, porque tinha um real talento impulsionado pela sua cada vez mais bela mulher que depois das noites selváticas de sexo se tranformara numa mãe extremosa, numa esposa fora do comum, sem nunca cair na submissão que sempre irritara Nacho e o levava a fazer coisas que não se faziam. Muito mau e levado da breca.

Entretanto realizaram-se novas eleições no Ayuntamento e foi nomeado um filho da terra de nome  Pau Puig, fruto de uma relação extra-conjugal entre Cinta e Mohamed, um trabalhador marroquino que entretanto havia sido expatriado pelos temíveis Mossos d’Esquadra, desde sempre convencidos que eram os emissários de Deus na terra, portando-se como verdadeiros fundamentalistas no que respeitava a qualquer  desvio à normalidade da Terra, ou seja se era estrangeiro levava um chuto no cu e já está.

Mas os tempos eram outros e Pau, secretamente conhecido por Mohamed, que tinha muito orgulho nas suas raízes e era dotado de uma inteligência de tal forma avassaladora que se resolvera dedicar à política, começando pela sua terra de nascimento aquilo a que chamava a total islamização de Espanha, começando pela radical Catalunha, num pedaço de mundo onde as idiossincrasias era algo que levava ao suicídio pelo vazio que se instalava na cabeça das pessoas, tal a falta de referências culturais. Era algo de complicado, mas contava com a brutal comunidade marroquina que já era metade da população local. Demolir a catedral decadente seria o primeiro passo e assim radicalizaria a sua proposta de forma eficaz. Em Madrid já se ultimavam os preparativos para o seu assassínio, algo que não era surpresa para Mohamed.

sábado, 13 de novembro de 2010

5

Até ao dia da revelação nada fazia prever que Nacho fosse ter uma reacção violenta, mas ele guardava todos os trunfos dentro da sua cabeça, o que já atingia proporções gigantescas, mas para evitar problemas tinha um bloco de notas onde ia apontando todas as revelações feitas por quem passasse e abrisse a boca, esperando um broche ou apenas para se confessar de alguma maldade ilusória, provocada por alguma dose de droga quase no ponto da overdose.

Mas naquele Domingo de chuva, enquanto Ramona o comia, chupando-lhe os tomates quase até os arrancar, Nacho ia sorrindo para dentro pensando na filha do presidente da Câmara e de como lhe apetecia saltar-lhe para cima. Qual depravado sem vergonha deu uma palmada no rabo de Ramona, porque alguém tinha que pagar por aqueles pensamentos sujos.

Sem o prever a polícia entrou em casa. Vinham uns quantos guardas e um oficial vestido à paisana, era Mocho, o marido de Ramona. Nacho surpreendido afastou com graciosidade Ramona dos seus tomates e socou-a assim que se viu a salvo. A peruana deu um berro e Mocho fechou a porta.
               
                Cinco minuto depois de um silêncio estranho o guarda Elizeu bateu à porta. Como se não ouvisse barulho abriu e viu Ramona ensanduichada entre os dois. A peruana pediu-lhe silêncio e que entrasse fechando a portas. Elizeu excitado deu indicações aos colegas para regressarem à esquadra que depois levava o relatório e entrou ocupando a boca de Ramona para que ela não gemesse. Assim como que por milagre Nacho que se ocupava da rata de Ramona veio-se com uma violência desmesurada, enquanto os outros dois homens se desunhavam com o que estava disponível na insaciável mulher.

Nove meses depois nasceu Nachito, com uns olhos em tudo iguais a Nacho. Mocho começou a tomar hormonas para mudar de sexo e anunciou o casamento com o seu homem, Elizeu que desde aquele dia tinha descoberto a mulher da sua vida no corpo de Mocho e o convencera que com os seus cozinhados e sem pirilau ele ficava muito melhor.

               Ramona divorciou-se em tempo recorde e casou-se com Nacho que virara pop star, com contrato assinado com uma multinacional e vídeos picantes na internet que lhe davam em definitivo a fama de garanhão que lhe permitia comer as chavalas todas do bairro!

domingo, 7 de novembro de 2010

4


O infinito por vezes habitava a mente algo confusa de Nacho. Sobretudo quando aquela chinesa, sem curvas que a distinguissem de um homem feio lhe oferecia perfumes baratos, vindos de um qualquer recanto sujo povoado de chinocas onde Nacho se sentia sempre perdido e sem apetite.

Dava-lhe sempre aversão tudo o que tivesse origem em chineses, os de carne e osso, que aquelas tretas baratas que vendem nas lojas ditas chinesas sempre dão jeito, mesmo que apenas tenham a utilidade igual ao papel com que se limpa o cu, pelo menos nas sociedades ocidentais.

Mas voltando ao infinito na mente de Nacho, esse pressuposto fazia-o sorrir sobretudo quando se lembrava dos beijos sentimentais que Ramona lhe dedicava ao berimbau, chupando-lhe a gosto as agruras de alguns anos sem molhar o pau onde ele devia ser molhado. Tudo lhe soava deliciosamente badalhoco quando pensava na peruana completamente húmida em prazer desvairado e a encornar o marido à força toda sem que este porventura desconfiasse de alguma coisa.

Entretanto num bar onde se encontrava com alguns espanhóis seus amigos, aparecia sempre um homossexual novo que se gabava de ter ido para a cama com o guru mariconço lá da zona. E Nacho falava baixo, talvez com a vergonha de gostar de mulheres, algo cada vez menos natural num mundo de extremadas liberdades em que o normal deixara de ser o usual. Constava que Ramona também gostava de chupar a pita a uma amiga, mas a má lingua apenas provinha de El Fernandez que queria comer o homem das  mulheres apenas para provar que nada lhe escapava.

E cada vez se serviam mais pollas sentimentais, o negócio prosperava, o que satisfazia Nacho que começava a receber propostas, inclusivé da mulher do presidente da câmara, uma loura platinada, bastante atraente no alto dos seus 43 anos que detinha enorme influência no meio empresarial da vila com pretensões a centro de um qualquer mundo diferente do planeta Terra. Nacho sentia-se um homem feliz, mas a vontade de fugir, proventura de se escapar para outra dimensão também não o abandonavam.

3


Não, a confusão instala-se numa cabeça quando as consultas de terapia familiar estão vazias e é Nacho que leva com as agruras familiares das senhoras insatisfeitas. Querem algo mais que porrada, que os gritos dos maridos que dão uso ao cinto para outras coisas que não apertar as calças.

Torna-se estranha a quantidade de mulheres casadas que lhe aparecem na pastelaria, que pedem sempre o mesmo tipo de pastel, o café a solo e tem que ser sempre Nacho a servi-las. O dono da pastelaria até deu um novo nome ao pastel, em tom de escárnio e mal dizer: polla sentimental. Diria que Ramona, escondida se poria a pensar em liquidar, uma por uma, as donas de casa descontentes dos maridos que apenas as fodem bem com o cinto.

Uma certa manhã Nacho resolveu não ir trabalhar, e pôs-se a caminho da cidade contígua, sem sequer pensar que o ganha pão que o manteria a são e salvo da crise instalada no mundo o pudesse fazer ser expulso daquela profunda frustração que era conviver com aquela gente que nem identidade cultural tinha.

Sacou do abono para fora das calças, e masturbou-se, enquanto um cão o observava com ar de poucos amigos, ainda assim sujou as mãos do esperma que estava sempre a mais dentro do seu corpo. Limpou as mãos num charco que passava ali perto e sorriu, sempre podia voltar para trás e amenizar a angústia do seu chefe, um homossexual brasileiro que era gozado pelo sotaque exótico. Nacho punha-se a pensar que as mulheres tinham razão em manter aquele ar de zombies perdidas, em busca de um naco de carne, algo duro que gostasse mais de penetrar do que ser penetrado.

Ramona, encontrou-se com uma moldava alta, loura e com olheiras profundas, ou talvez olhos negros da porrada que levava e abriu-lhe o pescoço com uma navalha de ponta e mola que trazia consigo. A eslava, grande como o caraças nem teve tempo para reagir e a morena, sentiu-se bem, cada vez mais perto do seu amor. Ao longe passavam alguns polícias que multavam um carro ao acaso que até nem incomodava por aí além. E depois chamou uma ambulância e ajeitando as tetas gigantescas sorriu e pôs-se a andar dali para fora.

Nacho sorria apesar de sentir as cuecas molhadas e algumas adolescentes de mini saia lançavam-lhe olhares lascivos que ele fazia por ignorar, até porque uma delas era filha de Ramona.

E do nada apareceram cinco tipos de polícia diferentes, ambulâncias e bombeiros e as vizinhas, gatos, mouros e a puta que os pariu a todos enquanto a moldava lançava golfadas de sangue pela garganta, pareciam não ter fim. Seria a moldava uma vampira?

domingo, 24 de outubro de 2010

2

A vida, é feita de sensações extremas. No meio poderá estar uma tentativa de suicídio, ou a vida perfeita, o que nem sempre terá a ver com o recorde mundial de quecas.

No dia em que Nacho se resolveu a mudar de vida, deixou de lado a sua antiga personalidade, a sua obstinada tentação por mulheres belas de corpo, mas que se situavam naquela zona intermédia que podia levar ao suicídio. Aquilo que veio encontrar, foi apenas mais do mesmo, apesar de a boca de Ramona debitar palavras em catadupa com um sotaque que o deixa louco.

Nacho faz da sua vida aquilo que sempre soube fazer, cozinhar. A sua barba de duas semanas e o corpo desleixado das intensas bebedeiras que teve enquanto fora mais novo e inconsciente nem por isso deixavam de atrair leoas esfaimadas que apenas o querem para foder. Muitos homens, daqueles que gostam apenas e só de foder as mulheres sentir-se-iam no Céu, todavia Nacho é aquilo a que na terra onde se encontra se chama de raro.

Na rua é costume a humidade atingir proporções elevadíssimas e ao passar pelas jovens produzidas por vezes esquece-se que poderão ter menos de 18 anos e o seu sexo endurece, o que sempre lhe provoca motivo de satisfação, ele que um dia se quis suicidar, apenas pela falta de uma mísera palavra de afecto.

Todos os dias, pelas seis da manhã dirige-se para a pastelaria onde faz os bolos mais deliciosos da cidade, não muito longe de vive, apesar de apenas Ramona saber o refúgio do seu amado. Tem a companhia do pasteleiro chefe, Josep um catalão endiabrado com 45 anos, divorciado e com fama de bissexual apesar de Nacho saber que este apenas namora com a filha de 19 anos do Alcaide, pelo tamanho descomunal da sua verga e pela potência da mesma, o que proporciona à belíssima jovem sessões contínuas de sexo a que ambos se dedicam todos os dias à hora do almoço, à do lanche e entre a meia noite e as três da manhã, e fica-se por aqui porque quer viver a vida não como um naco de carne mas como um homem de corpo inteiro e com sentimentos. Como não pode divulgar a sua paixão secreta, faz o papel daquilo que não é, permitindo-se ser visto na companhia de homens que apenas gostam de homens. Será o caso mais flagrante que alguma vez conheci de que as aparências iludem, diria que de um forma radical e Nacho sabe da verdade por mero acaso, o que poderá vir a ser de extrema utilidade.