domingo, 17 de outubro de 2010

capítulo 13 - Raquel a guerreira


Raquel era uma secreta devota de São Judas Tadeu, muito embora praticasse todas as suas acções em estado de êxtase, sem a mais pequena consciência dos seus actos.

Em segredo total criara um exército de seres biónicos de características similares aos vigilantes das discotecas nocturnas que antes do dia da destruição pululavam pelas vielas de Lisboa.

Tal ideia surgira-lhe numa visita aos Estados Unidos, no seu jacto ultra-privado, quando vira o seu amigo Batista a esmagar a cabeça a um monstro com mais trinta centimetros de largura que ele. O futuro não estava nos filmes, apenas numa simples fórmula que ela tinha vindo a desenvolver desde a infância e um simples gesto de Batista dera-lhe a equação final daquele projecto que a tornaria a mulher mais poderosa do planeta.

A ideia dos Estados Unidos era evidente, pelos evidentes ganhos que a sua invenção poderia ter, criando uma raça de guerreiros pronta a destruir apenas com uma simples ordem. Todavia uma outra ideia a assaltava, destruir os próprios dogmas americanos e as suas poderosas indústrias de armamento que devastavam o mundo. Tudo seria feito no mais absoluto segredo, não existindo qualquer tipo de documentação que pudesse escapar do seu controlo. Mas para isso valia-se da sua primeira grande invenção.

Raquel era uma máquina infernal a pôr em prática a mudança radical do mundo, utilizando de forma abrupta as preces de São Judas Tadeu, em nome de um mundo diferente. 

A Agência de Viagens era apenas o perfeito embuste para poder seguir o seu trabalho.

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